saleteschmidt

este blog será utilizado para receber e postar trabalhos da disciplina de escola,cultura e sociedade e de outras , conforme solicitação dos professores!

23.12.06

ECS12- ANDANÇAS

É notável a capacidade do ser humano de se adaptar, de aprender, de lutar e muitas vezes apenas aceitar.
Para realizar esta atividade retomei o capítulo de minha história que se iniciou não na primeira postagem, mas no dia em que apostei nesta idéia, que me inscrevi para o vestibular, no dia em que pulei de alegria por ver meu nome na lista de aprovados e finalmente quando iniciamos os trabalhos.
A releitura dos registros que fiz no decorrer do semestre, fazem meu pensamento deixar o subjetivo mundo das lembranças e tornam-se prova concreta de minha afirmação inicial.
Desde a primeira postagem até esta que inicio muita coisa mudou, outras continuam exatamente como sempre foram.
No início a dificuldade em escrever era notável, as palavras sumiam das pontas dos dedos, à distância me impedia de pensar com clareza no que estava fazendo e para que estava fazendo. Logo comecei a melhorar minha relação com o computador; aprender a debater com a tela como se visse meus colegas e professores, acredito que ai estava minha maior dificuldade; passei a lutar contra o tempo e resolver em horas o que costumava levar dias para fazer; mas meu maior avanço foi passar a aceitar os erros como novas formas de aprender, aceitar que minha ignorância tecnológica não significava burrice e sim a ânsia do novo batendo a minha porta.
Os textos, leituras, os fóruns, visitas, postagens aos poucos foram tornando-se comuns, familiares. Mas como todo membro familiar, sempre capaz de provocar uma boa dor de cabeça.
Fatalmente tive de passar por meus problemas, aqueles que parecem patológicos de tão insistentes. Coisas simples, porém fatais como esquecer de salvar os documentos e muitas vezes, para piorar, chutar o estabilizador e perder tudo (a propósito, acabei de fazer isso de novo!), a velha síndrome de pirata , que não pode ver um X (fechar) que aperta e uma insatisfação com os trabalhos em grupo, pois tenho um velho costume de confiar só em mim. Mas este, já estou começando a controlar, pois a troca com algumas colegas tem sido mais constante e mesmo sem conhece-las muito bem, passei a admirar seus trabalhos.Desta revisão acredito que saio com um saldo bastante positivo, pois estou aprendendo sobre o que gosto, aproveitando muito que tenho aprendido no meu dia-a-dia e em meu trabalho, conhecendo muita gente nova e utilizando muitas ferramentas do computador que eu nunca imaginei usar sozinha.
Para ilustrar meus sentimentos a respeito destas grandes mudanças e destas grandes dúvidas que ocorreram e ocorrerão em minha vida e com certeza nas de meus colegas, escolhi esta música para que todos reflitam e se possivel também procurem escuta-la, pois é linda!!
Tocando em Frente
Almir Sater
Composição: Almir Sater e Renato Teixeira
Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, ou nada sei...
Conhecer as manhas e as manhãs
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Penso que cumpri a vida seja simplesmente
compreender a marcha ir tocando em frente
como um velho boiadeiro
levando a boiada eu vou tocando os dias
pela longa estrada eu vou, estrada eu sou
Conhecer as manhas e as manhãs
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega no outro vai embora
cada um de nós compõe a sua história
cada ser em si carrega o dom de ser capaz
e ser feliz
Conhecer as manhas e as manhãs
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir
Ando devagar porque já tive pressa
levo esse sorriso porque já chorei demais
cada um de nós compõe a sua história
cada ser em si carrega o dom de ser capaz
de ser feliz

20.12.06

PARTICIPAÇÃO NA WIKISTÓRIA


Esta atividade proposta pela professora Suzana, embora em seu sentido mais restrito não tenha se realizado com perfeição ( pois na grande parte do tempo não seguiu um curso de história e parecia muito mais um fórum) foi das que mais gostei de participar. Durante todo tempo de participação me empenhei em dar um rumo literário a ela e por esse motivo considero ter participado satisfatóriamente.
Com relação ao foco da história de Ser professora, com reflexões do pensamento de Paulo Freire, acredito que poderia ter contribuido melhor, mas nesta tentativa de manter o diálogo com os colegas, as vezes nos tornamos repetitivas e deixamos de explorar temas relevantes.
Os demais ambientes que foram criados, procurei vizitá-los e conhecer seus objetivos, participando de quase todos, inclusive o texto escrito em JAVANÊS, opa! inglês, que para mim é quase a mesma coisa!
No geral, considerei a participação minha e de meus colegas muito interativa, já que todos os pólos puderam dividir um mesmo espaço, trocar idéias e conhecer um pouco mais de realidades se aproximam muito das suas ou não.

17.12.06

AGORA É SÓ ALEGRIA!


...Jurei não amar ninguém
Mas você veio chegando
E eu fui chegando também...

Cantarolei este antigo samba só para dizer com poesia...

INTER EU TE AMO!!!!!!!!!!!!!!!!!

E PRO RONALDINHO ...


E TODOS OS GREMISTAS...
Já que estou cantando, vai este outro samba!

...Um lencinho não da pra enchugar
Um rio de lágrimas que tenho pra chorar...

Educação no Brasil?

Política x Pedagogia ou política = pedagogia

É sempre tão fácil e ao mesmo tempo tão difícil falar sobre educação em nosso país.
Fácil pois temos muito que dizer, vários aspectos da educação para debater.
Difícil porque existe muita coisa envolvida neste processo, coisas que às vezes são claras e abertas e outras que são veladas, que escorrem pelos cantos. Coisas que muitas vezes não nos arriscamos dar palpite, com medo de passar vexame e não perguntamos sobre, para evitar passar por ignorantes.
A questão da igualdade para todos é quase, se não totalmente utópica, pois quanto mais se discursa em favor da igualdade, mais se alongam as diferenças. A própria lei de diretrizes e bases não apresenta uma efetiva solução para este problema.
Lembro também daquela idéia lançada a alguns anos atrás de todo professor obrigatoriamente ter formação universitária. Que lindo!! Pena que esqueceram que muitos ainda precisavam se formar no primário. Parece que no Brasil se faz muita coisa para mostrar e muito pouco para resolver!
Considerei importante o autor ter levantado a questão do acesso às universidades federais, que por vias tortas pertence às elites, mais ou menos o que já começa a se formar com respeito ao PROUNI. Onde as classes mais abastadas se preparam, montam estratégias, mexem os pauzinhos e as classes populares rezam para o santo de fé.
A questão da fragmentação do ensino público com as privatizações neoliberais, a descentralização e o pacto das elites, para mim parece que tudo se resumiria em uma mesma palavra ?dominação?. Um dia me disseram que para entender o neoliberalismo era só pensar que ele deixa tudo mais leve. Não posso dizer que esta pessoa mentiu! Se tirar tudo de um saco, ele fica mais leve; se tirar à comida da boca de uma pessoa, ela fica mais leve; se tirar os recursos materiais e o entusiasmo de um professor ele também fica mais ?leve?. E tudo que é leve é mais fácil de se carregar para onde quiser!!
Mas diante de tudo que tem se debatido nesta e em outras disciplinas, considerei como ponto principal de reflexão, o momento que o autor orienta os professores para que utilizem as escolas públicas para seus filhos. O cara é esperto!! Todo mundo quer o melhor para seus filhos e se o meu estiver na escola pública, ela tem que ser melhor; para isso eu vou estar mais atenta, vou cobrar de meus colegas (dar um basta no protecionismo da mediocridade) e possivelmente vou rever meus conceitos e atitudes, já que pela lei da ação e reação, também serei cobrada.
Isso é uma coisa que eu gostaria de ver, as mudanças visivelmente necessárias tanto nas políticas públicas quanto nos planejamentos vindos de dentro de nós e da escola!!




13.12.06


SÓ ISSO JÁ ERA O SUFICIENTE, MAS O TIMÃO QUER MAIS !! E VAI TER LÁ NO JAPÃO!!!

2.12.06

ECS10 - PARTICIPAÇÃO INICIAL NA HISTÓRIA


Como todo bom trabalho de ECS, iniciei tendo uma crise histérica, pois não conseguia fazer minha página individual, o que me impedia de prosseguir. Mas no final tudo sempre dá certo e consegui participar da história .
Ainda que eu me sinta estranha falando como se estivesse em um lugar que não estou, a idéia do faz de conta me agrada, além do mais, tendo a possibilidade de debater com tantas colegas sobre uma figura maravilhosa como Paulo Freire, todo problema é pouco! Tenho certeza que minhas colegas tem muito a me dizer e ensinar sobre ele.
Gostaria muito de participar mais e melhor da história, mas tenho dificuldades em editar o texto, entrando e saindo várias vezes até conseguir, sem falar que não consegui editar mais nada na minha página pessoal, que sempre fica cinza quando vou editar, gostaria de colocar uma imagem ou foto, mas também não consegui!
Em resumo da ópera, eu gostei da atividade, ela é que não gostou de mim!!
Vou continuar furungando no wikipédia e sei que vamos nos encontrar por lá. Então, até mais!!

26.11.06

ECS9/VERSÃO FINAL DO GRUPO A


:: ECS9-VERSÃO FINAL-SÍNTESE-GRUPO"A".
"ARRUMANDO O TEXTO"
COMPONENTES DO GRUPO "A" :Angélica Paulino, Fernanda Beatriz, Luciane Dutra, Salete Schmidt, Sandra Oliveira, Valeria, Neusa Siqueira, Ana Parker e Edilaine.
GRUPO A - Versão final - SISTEMA DE ENSINO E DIVISÃO DO TRABALHOlNTRODUÇÃO.
Embora Marx e Engels em suas diversas obras, nunca tenham detido-se especificamente a tratar do sistema educacional e suas especificidades, suas observações a respeito da importância da educação como forma de conscientização, mobilização e transformação social eram constantes e contundentes na crítica ao capitalismo.O poder da educação nunca foi negado por nenhum sistema e por esse motivo, também no sistema capitalista ele tinha função primordial de qualificar a força de trabalho, alcançando o máximo de aproveitamento e proporcionando a integração e o ajuste dos trabalhadores ao sistema.O ensino e a instrução são os instrumentos de transformação promovendo a emancipação dos indivíduos, libertando-os das condições opressoras em todos os níveis.Para consolidação desta astuta estratégia, a escola recebe uma nova configuração em suas atividades e tipos de aprendizagem, que torna a alienação da força de trabalho um fato natural, e ela, a responsável pela preparação dos indivíduos para esta sociedade.É verdade também que este período, embora de profundo caráter ideológico e alienador, trouxe consigo a expansão da educação formal, já que até a revolução industrial e o triunfo do liberalismo, a educação que era comumente familiar ou religiosa, a partir deste momento, exigiu-se a institucionalização ,extensão e aprofundamento do aparato escolar.Marx e Engels propunham gestões não burocráticas, com participação efetiva da população trabalhadora, através de delegados e por sistema de democracia direta. Seria esta, a única forma de reter o desejo capitalista de transformar a educação num mero modelador de criados e assumir sua função de agente de transformação social e emancipação humana.Marx e Engels não foram políticos pragmáticos ou realistas e nunca escreveram um texto, folheto, livro ou artigo expressamente sobre ensino e educação, e as afirmações que fizeram sobre arte e literatura, dificilmente podem servir para a atual polêmica em torno dos problemas do ensino convertidos.Marx e Engels querem superar o capitalismo a partir dele mesmo, desenvolvendo suas potencialidades. Para isso, publicaram várias obras com o caráter de reinvidicar ensino gratuito para as crianças, a delimitação do trabalho infantil e feminino, bem como a educação para a classe operária, buscando uma revolução social e antropológica.
SISTEMA DE ENSINO E DIVISÃO DO TRABALHO. A divisão do trabalho e as forças produtivas, geram muitas diferenças sociais em uma nação, seja com relação a outras nações, ou internamente. Pois dividem e colocam em oposição os interesses dos trabalhadores da indústria, do comércio e do campo. Assim como, distanciam os trabalhadores hierarquizando o trabalho.Esta divisão promove a separação dos trabalhos em industrial, comercial e agrícola, segregando o campo e a cidade.A divisão entre trabalho material e intelectual, torna possível a organização da sociedade capitalista, na esfera familiar e coletiva. A partir dessa divisão surgem então as atividades exclusivas, que cada indivíduo realizará, limitando-o como pessoa.A divisão separa e subjuga o operário que frustra as suas necessidades intelectuais e o seu crescimento como indivíduo, tornando-o parte de um todo dominado pelos interesses capitalistas.Essa alienação dirige a vontade e a marcha da humanidade.Através desse desenvolvimento universal das forças produtivas ,que é possível estabelecer um intercâmbio universal entre os homens e deste modo, o fenômeno da "massa privada de propriedade" pode existir em todos os países.O trabalho é a atividade vital peculiar ao operário. É esta atividade que ele vende a um terceiro, para assegurar seus meios de subsistência necessários.O que ele produz pra si mesmo é o salário.O operário, cujo único recurso é a venda de sua força de trabalho, pertence à classe capitalista.O trabalho assalariado é uma escravidão, pois o operário vende sua força, já o escravo é vendido com sua força, mas ambos são servos do sistema capitalista. Seja na atividade cooperativa ou manufatura, sua existência beneficia o capital, pois criam um sistema hierárquico entre os trabalhadores, que visa a competição e o lucro. Enquanto competem e buscam lucro, os indivíduos ficam ignorantes quanta à sua condição de explorados, inferiores, tornando-os imbecis e úteis, como animais adestrados.O trabalho de produção leva o individuo a não pensar, repetir uma mesma tarefas por horas. Um ser que não é impulsionado a pensar não exercita sua inteligência, não cresce como pessoa. Um povo não pensante é fácil de ser dominado.Somente com um sistema de ensino valorizado, estruturalmente e socialmente, é possível o crescimento de uma nação.
Concluímos que ,"Sistema de Ensino e Divisão do Trabalho," é hoje nosso sistema de ensino, que ainda prepara o aluno para a competividade na busca do emprego e da qualificação para o mercado de trabalho, para servir o capitalismo. Apesar de estarem preocupados em desenvolver um sujeito empreendedor, que saiba aprender pensando, formulando hipóteses, criativo e inventor, sabendo descobrir soluções para os problemas que surgirem, estando qualificado para trabalho e ao mesmo tempo sabendo enfrentar novos desafios, exercitando a sua inteligência.Marx e Engels, eram críticos do modo de produção capitalista, que se caracteriza pela alienação produzida pela exploração. Almejavam uma sociedade transformadora, onde depositavam sua confiança no sistema de ensino e na instrução com instrumento de transformação, onde desaparecesse a divisão do trabalho e a felicidade substituisse a necessidade.
QUESTÕES DE RELAÇÃO DO TEXTO COM A REALIDADE DAS ESCOLAS. As escolas ainda estão muito envolvidas em transmitir conhecimentos direcionados unicamente aos setores técnicos e produtivos.As gestões democráticas contribuem para a desburocratização e humanização do sistema educacional.Os saberes do trabalhador são submetido a alienação, por causa de divisão do trabalho, afastando os seus interesses daquilo que ele produz.Relacionando essa alienação a educação, podemos questionar:-De que forma são desenvolvidos os objetivos curriculares da escola?- Proporcionamos ao aluno que se desenvolva por inteiro?-Levamos em consideração a sua realidade e seus interesses, para que possa interagir com seus saberes?-Nos preocupamos em tornar a escola num espaço prazeroso, para onde o aluno goste de ir?-Nós professores, oportunizamos o desenvolvimento do pensar em nosso educando?Levando em consideração que, os nossos alunos precisam de muito motivação para despertar o interesse pelos saberes produzidos pela escola, cabe a nós, professores, conscientizá-los da importância em produzirem saberes e levá-los ao seu melhor aprendizado, para que ele possa intervir nas mudanças da sociedade, caso torne-se necessário.

18.11.06

ECS9- grupo A-sintese /saleteschmidt



Embora Marx e Engels em suas diversas obras, nunca tenham detido-se especificamente a tratar do sistema educacional e suas especificidades, suas observações a respeito da importância da educação como forma de conscientização, mobilização e transformação social eram constantes e contundentes na crítica ao capitalismo.
O poder da educação nunca foi negado por nenhum sistema e por esse motivo, também no sistema capitalista ele tinha função primordial: qualificar a força de trabalho, alcançando o máximo de aproveitamento e proporcionando a integração e o ajuste dos trabalhadores ao sistema.
Para consolidação desta astuta estratégia, a escola recebe uma nova configuração em suas atividades e tipos de aprendizagem, que torna a alienação da força de trabalho um fato natural e ela, a responsável pela preparação dos indivíduos para esta sociedade.
É verdade também que este período, embora de profundo caráter ideológico e alienador, trouxe consigo a expansão da educação formal, já que até a revolução industrial e o triunfo do liberalismo, a educação que era comumente familiar ou religiosa, a partir deste momento, exigiu-se a institucionalização ,extensão e aprofundamento do aparato escolar.
Marx e Engels propunham gestões não burocráticas, com participação efetiva da população trabalhadora, através de delegados e por sistema de democracia direta, como única forma de reter o desejo capitalista de transformar a educação num mero modelador de criados e assumir sua função de agente de transformação social e emancipação humana.
A divisão do trabalho e as forças produtivas geram muitas diferenças sociais em uma nação, seja com relação a outras nações, ou internamente. Pois dividem e colocam em oposição os interesses dos trabalhadores da indústria, do comércio e do campo. Assim como distanciam os trabalhadores hierarquizando o trabalho.
Marx aponta na manufatura a mutilação do trabalhador, que é obrigada a vender sua força de trabalho, durante horas para cumprir um trabalho que muitas vezes nunca chegará a utilizar, por um salário que não corresponde ao tempo de vida perdido nele e que não permite o exercício de sua inteligência, condicionando-o a movimentos mecânicos livres de raciocínio e extremamente embrutecedores.
Segundo Marx e Engels, apesar dos grandes investimentos capitalistas no embrutecimento operário, os trabalhadores das fábricas conseguiram manter viva sua inteligência e até aguça-la, por sua revolta as condições que lhes foram impostas e contra a burguesia.
Desta forma podemos concluir que o sistema capitalista, firme em seu propósito de aumento de produtividade e lucro, tenta a toda forma controlar corpo e mente das classes trabalhadoras, na contra-mão da vontade da marcha da humanidade e a única saída para esta dominação é conservar o espírito crítico, não se acomodar com os modelos pré-estabelecidos e revoltar-se legitimamente, toda vez que nossa condição humana for ferida. Para isso devemos contar com o apoio do sistema de ensino renovado, integro e a serviço da humanidade.
3 questões :
1- As escolas ainda estão muito envolvidas em transmitir conhecimentos direcionados unicamente aos setores técnicos e produtivos?
2- As gestões democráticas contribuem para a desburocratização e humanização do sistema educacional?
3- Na pág. 22, terceiro parágrafo diz: ?A compreensão da maioria das pessoas,...?
O que tem haver com o tipo de atividades, trabalhos, leituras, livros que costumam ser utilizados na formação de alunos de algumas escolas?

15.11.06

ECS6/ WEBER NA MINHA ESCOLA


Ser/estar/papéis
Poder/Hierarquia
As idéias de Max Weber sobre os tipos de dominação e as formas que eles assumem para se concretizarem e se fundamentarem, são muito claras e fáceis de encontrar. Mas com muito mais propriedade se apresenta no sistema educacional público.
Em meu local de trabalho, ocorrem muitas situações que serviriam para exemplificar esta afirmação. Algumas atitudes são tomadas quase que inconscientemente, pelo simples costume ou conveniência de continuar vendo os problemas de forma totalmente impessoal e burocrática; e outras são expressões claras de abuso de poder e de uma leitura unilateral das regras estatuídas:

1) As situações em que alguns professores exigem silêncio total, completa falta de movimento e horas com os braços cruzados e cabeça baixa para alunos de no máximo 5 anos em uma escola de educação infantil, alegando ser esta a melhor forma de manter a disciplina e o respeito, para mim parece muito mais acomodação e medo de buscar alternativas para a disciplina e para os problemas específicos de cada aluno. O respeito ao professor de vir carregado de significados do que ele representa e não através do medo de castigos que ele pode aplicar, já que se o professor cometer algum erro, o aluno não terá a possibilidade de também coloca-lo isolado e sem poder se expressar.

2) Ocorreu um episódio que hoje até parece engraçado em minha escola. A então diretora, tendo problemas com um professor que utilizava muito o celular durante o expediente,mas sendo esse também alguém de suas relações pessoais, resolveu tomar uma medida ?imparcial? segundo ela:
Confiscou pessoalmente todos os celulares, de todos os professores, colocando-os sobre sua mesa e fazendo uma triagem das ligações que poderiam ser atendidas ?pessoalmente? pelo proprietário do aparelho. Para isso, ela mesma atenderia cada chamada e anotaria os recados das ligações que ela julgasse não ser importante. Surpresa ela ficou quando me neguei a entregar meu celular, dizendo que tomaria providências quanto a minha ?insubordinação?, já que estava e ainda estou em estágio probatório. Com muita paciência tive de explicar a ela, que na verdade eu estava livrando-a de problemas graves, pois se levasse a diante esta atitude, minha queixa contra ela seria na justiça comum por abuso de poder, apropriação indébita e invasão de privacidade. Felizmente após muito esbravejar (e pedir orientação de seus superiores), ela se acalmou e pediu desculpas a todos. Mas o grave nisso tudo é que ninguém mais questionou a validade da ordem, todos obedeciam contrariados, mas obedeciam. O problema já estava resolvido e ainda havia pessoas que chegavam e colocavam o celular sobre a mesa dela. Certamente estes consideraram correta sua atitude, simplesmente por estarem hierarquicamente abaixo dela.

12.11.06

RELATO SOBRE A ATIVIDADE ECS8


Para ser bem sincera, não gostei desta atividade, pois ela dependia de muito tempo, coisa que eu não tenho, até porque minha internet é discada. A procura entre tantos colegas gerou ansiedade e o foi piorando a medida que eu não encontrava ninguém. Tentei até montar um plano cartesiano e uma distribuição estatística de localização. Encontrei um monte de gente dos outros grupos, mais do meu nada!
Mas quando começamos a trocar mensagens, aí eu gostei bastante. É legal poder interegir com os colegas dos outros polos, até porque eles estão estão desenvolvendo as mesmas atividades que nós. Acho que será bem interessante fazer novos trabalhos em conjunto com os outros polos. Mas nada de esconde-esconde, hem!!
Um beijo especial para minhas companheiras de grupo: Jaqueline Schutz(Três cachoeiras); Andrea Kerschener e Marta Capistrano(gravataí); Ana Cláudia(Alvorada) e Edilaine Fernanda(São Leopoldo).

ECS6/ SOBRE O FÓRUM


Peço que me desculpem todos, afinal este comentário deveria ter sido postado até o dia 30/10, mas como sou um tanto atrapalhada, foço o difícil e me confundo com a tranquilidade.
Minha participação até o dia 30/10, foi bem interessante. Debatemos sobre Durkheim, Weber e até um pouquinho de Marx. Mas gostaria de aproveitar o atraso para falar do fórum e seu andamento até o dia de hoje!
Muitos colegas participaram levando seus posicionamentos e suas experiências, perguntando e debetendo sobre os temas abordados.
Algumas colocações de colegas, eu fiz questão de dar minha opinião, por concordar muito ou por descordar totalmente. Mas é para isso que servem os debates, para que as idéias sejam discutidas. E pelo fórum é bom que ninguém briga!!
Gostaria de ter participado mais e melhor, mas ainda dá tempo. Até lá, fico listando o que para mim foram os principais pontos abordados:
* Confrontamento das idéias de Durkheim, com a realidade em nossa escola;
* A forma como a educação ainda é vista, a luz das idéias de Durkheim;
* As questões de dominação e como elas fazem parte de nossa vida diária;
* Como nos manter integros e justos em uma sociedade que prima pela dominação e discriminação;
* O dilema das avaliações escolares, que são reflexo deste sistema;
* Como estamos envolvidos com a burocracia, que embora atrapalhe nosso trabalho, torna-se uma redoma de proteção dos nossos pensamentos mais alienados;
* A preocupação com os compromissos que os profissionais da educação tem, na formação e no pensamento da sociedade;
* O pensar sobre o capitalismo e seus efeitos sobre nossa forma de vida e até mesmo sobre nossos valores morais;
*Repensar o sistema, avaliar possibilidades de agir sem ser cúmplice da dominação desumana e covarde que muitas vezes ocorre em nossas casas e nosso trabalho;
* Descobrir que não precisamos nos tornar comunistas de carteirinha, para ter pensamentos e atitudes revolucionárias. E que revolução não se faz apenas de armas na mão!

5.11.06

O MATERIALISMO HISTÓRICO DE MARX E ENGELS



Em uma época que os cientistas sociais buscavam diagnosticar e curar as ?doenças? da sociedade através de teorias de acomodação e submissão das massas ao pensamento das classes dominantes, surge o Materialismo Histórico que foi a corrente mais revolucionária do pensamento social, sendo interpretada, desdobrada e incorporada a inúmeras teorias até os dias de hoje.
Karl Marx, embora oriundo de uma família de classe média, desde jovem apresentava um pensamento voltado aos problemas das classes menos favorecidas. Seus estudos sobre o capitalismo, tinham como objetivo propor ampla transformação política, econômica e social. Para tanto, publicou sua principal obra O capital, além de muitas outras obras que fez juntamente com seu companheiro Friedrich Engels.
Herdeiros do pensamento crítico e socialista de Hegel e Saint-Simon, deram especial importância aos aspectos econômicos, políticos e históricos do social e ao fenômeno das lutas de classes, negando a neutralidade do cientista social e acusando os que assim se intitulam de serem porta vozes da ideologia burguesa.
Na busca de superar o capitalismo, Marx formulou conceitos importantes, que atingiam todos os homens e não apenas os estudiosos, por este motivo suas idéias e ideais foram disseminados, ganhando estatus revolucionário e ação política efetiva:
· Alienação;Classes sociais;Valor;Mercadoria;Trabalho;
· Mais-valia;
· Modo de produção;
· Estado.
Estes conceitos desvelavam as ideologias vigentes e apresentavam ao proletariado as formas de dominação que eram exercidas sobre eles pela burguesia, através da economia, da política e da filosofia, gerando a conscientização e convocando os trabalhadores a exercerem a prátix, que segundo Marx é a única forma de superar a alienação e a exploração, pois vivifica a dialética em seu mais alto grau que é o espírito crítico e autocrítico.
A teoria Marxista é sem dúvida a que possui maior número de elementos a serem pesquisados, o que permite uma quantidade enorme de interpretações e que a torna tão apaixonante. Por outro lado, se mostra em alguns pontos bastante utópica e subjetiva.
Estes anos em que a teoria Marxista se fundamentou e se expandiu, serviram para confirmar a posição de Marx com relação às classes dominantes e a utilização de ideologias no lugar de métodos de análise da realidade. Porém, seu erro foi pensar que no comunismo, segundo ele a forma perfeita de governo, ou no poder tomado pelo proletariado, a luta de classes acabaria.
Incontestáveis são as contribuições da teoria Marxista na fundação e organização dos sindicatos, nos partidos operários, no estudo crítico da realidade, elaborando a única teoria que constitui uma ética humanista.

Os GIFS REPRESENTAM O PENSAMENTO CAPITALISTA E O RUMO DADO POR MARX E ENGELS PARA A HUMANIDADE!

ECS9 - Meu grupo



Para a atividade ECS9 da professora Suzana, formamos o grupoA:
Angélica Paulino, Fernanda Beatriz, Luciane Dutra , Sandra Oliveira, Valeria Souza, Neusa Siqueira, Ana Parker e Edilaine e eu!
Espero que possamos fazer um ótimo trabalho juntas!!
POR FAVOR, SE ESQUECI ALGUÉM, DÁ UM GRITO!! ou melhor, entra em contato!!

29.10.06

A PEDIDOS...






Felizmente consegui descobrir a que atividades a professora Suzana se referia não estarem completas no meu blog.
Muito obrigada Su por estares sempre atenta aos nossos trabalhos. Na verdade não sei como consegue, mas te admiro por isso!
Na verdade, ouve um erro de interpretação, de minha parte. Fiz os trabalhos, mas não postei comentário sobre eles. Mas agora já tenho postado uma avaliação sobre dois blogs pedagógicos, além da visita aos outros que foram dados como indicação.
As três primeiras atividades propostas, de trabalho com textos e blogs pedagógicos foram realmente muito legais de se realizar. Os textos, por seus conteúdos e suas discussões. Como já disse, adoro uma boa discussão!
Os blogs pedagógicos, eu gostei bastante pois era nosso tema no momento e eu não tinha conhecimento algum sobre eles. Portanto, foram uma grande ajuda naquele momento.
Para a análise mais detalhada sobre blogs, eu aproveite o comentário que já havia feito para outra disciplina. Mas gostaria de comentar que gostei muito de visitar o blog http://www.gutierrez.pro.br/, pois também gosto de recordar minha infância. Pude notar também que a maioria dos blogs indicados, tinham como tema as questões de inclusão, os problemas de discriminação racial e outros, todos temas muito atuais. Isso é muito bom, pois além de se ter um espaço para falar sobre, ainda podemos interagir, trocar idéias.

28.10.06


E aí, colegas!! Esta é a minha imagem para a atividade ECS8- A4 . Quem quizer me encontrar basta procurar em :

saleteschmidt@ibest.com.br

Quero só ver, que correria!!
- Su!! Tu ficou loca? São 400 colegas bem!!

23.10.06

Relato das últimas semanas


As minhas semanas, desde que iniciei no PEAD, tem sido curtas e atrapalhadas. Mas até que estou me virando bem.
As atividades são interessantes e particularmente, eu adoro as boas discussões.
Meu maior problema, ainda que não tenha domado o computador, é o tempo e a disponibilidade para realização dos trabalhos.
Estou um pouco confusa, pois a professora Suzana me advertiu da falta de alguns trabalhos, que eu não sei quais são. Se algum vizitante souber me informar, eu agradeço!

A propósito, postei comentários sobre Max Weber nos blogs das colegas: Marlene, Raquel, Gisele e Silvana.

ECS2/Pesquisa e avaliação de blogs pedagógicos





Visitei todos os endereços indicados na lista, mas não consegui fazer comentário em todos. Vizitei também alguns que não faziam parte das indicações e escoli 2 para comentar mais especificamente:

Endereço:
1-http://paginas.terra.com.br/educacao/Gutierrez/blogs/zapt/
Nome:
[Zaptlogs]

Objetivo:
O [zaptlogs] é um projeto de pesquisa vinculado ao Projeto Zapt do TRAMSE / UFRGS. Tem como objetivo a formação de uma comunidade de pesquisadores onde a inserção das tecnologias educacionais informatizadas no trabalho dos educadores ocorre de forma crítica e com ênfase na autoria e na autonomia.
Endereço:
2-http://ghiraldelli.blogspot.com/2006/09/educao-e-autonomia.html#links
Nome:
BLOG DO FILÓSOFO DA CIDADE DE S. PAULO - Educação e Autonomia
Objetivo:
Infelizmente o objetivo deste blog não está claramente exposto, porém, considerando o conteúdo nele postado, a mim parece que seu objetivo velado é simplismente disseminar as idéias e ideologias do autor, sem muito compromisso com o título apresentado.
Refletindo sobre a conceitualização dos blogs pedagógicos e seus objetivos, optei por escolher estes dois para uma avaliação e comparação.
O primeiro, apresenta-se com objetivos claros, traz materiais de pesquisa e informação sobre vários temas ligados a educação, apresenta opiniões e diversas, além de ter como base e à pesquisa teórica e profissional, traz dicas aos profissionais da área e informa de cursos e outros meios de qualificar nossos trabalhos.
O segundo representa o posicionamento de uma pessoa, que analisa algumas questões sociais, políticas e humanas, à luz de suas idiossincrasias.
Para este segundo blog, gostaria de solicitar que os colegas também o conhecessem, refletissem sobre ele e se posicionassem, colaborando com a minha pesquisa, pois não sei se compreendi mau, mas jamais havia visto tanto machismo, eugenismo e arrogancia juntos. Para começar ele se auto intitula O filósofo da cidade de São Paulo, classifica as mulheres em dois grupos: as que gozam e as que não gozam e revela que a solução para todos os problemas femininos está em achar o homem certo, por vias tortas insentiva os castigos físicos as crianças, além de tratar de questões políticas com pouca profundidade e reflexão, preocupando-se em transmitir suas opiniões pessoais, demonstra menosprezo por colegas de profissão e falta de ética.
Não sei porque, mas não fiquei surprendida quando o autor indica Monteiro Lobato para estudo da filosofia com crianças !
Acredito que ao final desta pesquisa, as diferenças entre os blogs pedagógicos ficaram bastante claras, assim como o cuidado que devemos ter na escolha daqueles que iremos trabalhar com nossos alunos.
Para encerrar, mais uma vez gostaria de convidá-los a conhecer a pérola aí em cima e se possível me informar do que acharam!!

MAX WEBER



Max Weber, cidadão que viveu na Alemanha (1864-1020), oriundo de uma família burguesa liberal e protestante. Dedicou seus estudos ao direito, filosofia, história e sociologia.
De forma mais geral, podemos especificar sua filosofia como principio da racionalidade, dando uma nova visão de objetividade para o conhecimento, que não é apenas vivido, mas também pensado, por tanto a ciência não pode aprender sobre ele apenas por fatores externos, mas também pela maneira como são interiorizados pelos indivíduos.
Diferente de Durkheim que avaliava o processo de evolução da sociedade, comparando-as e fazendo uma aproximação entre elas, independente de tempo ou lugar, Weber acreditava que a pesquisa histórica e a interpretação das fontes é que permitem o entendimento das diferenças de formação das sociedades. Além disso, discordavam também nas questões da individualidade, já que considerava a conduta humana dotada de sentido, chamando-a de ação social. Quando esta ação é compartilhada e freqüente, torna-se uma relação social.
Defendia certa parcialidade na análise sociológica, garantindo que a cientificidade uma pesquisa se dá por seu método de reflexão e não pela objetividade pura dos fatos.
Seus interesses em debater as questões religiosas, também foram fato marcante de sua carreira, sua obra mais importante foi: A ética protestante e o espírito do capitalismo.
É importante que se conheça a forma de pensamento de Weber, o momento histórico em que viveu e suas crenças religiosas, para que se possa compreender de que modo formulo suas teorias sobre poder e dominação.
Weber apresenta o poder através de três tipos puros de dominação: legal, carismática e tradicional, que são armas de controle e manutenção da autoridade.
A dominação legal, é representada pelas leis instituídas e tem na burocracia sua forma mais pura de preservação. Os membros do grupo social não se submetem diretamente a uma pessoa, seu poder é exercido legitimamente pelas regras desta sociedade.
A dominação carismática se dá em virtude da devoção afetiva à pessoa, por seu poder de persuasão, sua oratória ou qualquer dote que o coloque como líder. São os tipos mais puros os líderes religiosos, os heróis,etc.
A dominação tradicional se vivifica em virtude da tradição, do direito hereditário e da dignidade da pessoa, geralmente motivada pela fidelidade. Seu tipo mais puro é a dominação patriarcal.
Para determinar o tipo de dominação, é necessário que se estabeleça o motivo pelo qual o indivíduo se submete, que pode ser por medo, por obtenção de vantagens ou por mera tradição.
Max Weber contribuiu muito para a evolução e ampliação do sistema capitalista, que ao seu ver era a expressão da modernização e forma de racionalização do homem moderno. Seu método reflexivo, deu incentivo e aprofundamento as pesquisas, além de diagnosticar a burocracia como recurso político de dominação das pessoas e embora esteja atrelada de forma crescente ao capitalismo, não é compatível com a democracia.

8.10.06

Émile Durkheim



As definições da educação: exame crítico

1. Qual a posição de Durkheim frente ao que diz Stuart Mill?
Émile Durkheim considerou o posicionamento de Stuart Mill extremamente abrangente e propenso a confusões, obviamente as coisas do mundo e da natureza influenciam o ser humano, mas para Durkheim o que realmente determina a ação do deste, é a influência das gerações passadas sobre as novas, transmitindo as normas, costumes, etc., desta sociedade e recebendo o nome de educação.

2. Quais as duas definições ressaltadas por Durkheim? Explique o ponto fraco em que incorrem?
a) Definição de Kant, que fala da educação para atingir a perfeição;
b) E a definição de James Mill, que vê a educação com objetivos de tornar o ser humano um instrumento de felicidade para si e seus semelhantes.
c) Eles partem da idéia de uma educação que atinja todas as pessoas da mesma forma indistintamente, uma educação universal, mas como Durkheim mesmo coloca esta forma de conceber a educação não possui nenhum aporte teórico ou prático, já que a educação varia e se modifica conforme o lugar e a época que ocorre, de acordo com os interesses da ordem social vigente.

3. O que é preciso, de acordo com Durkheim, para definir educação?
Para que se forme um conceito correto de educação, para Durkheim, devem ser observados os sistemas educativos passados e recentes, fazendo-se uma média dos resultados mais comuns, que serão transmitidos às gerações posteriores através de uma consciência coletiva.

4. De acordo com Durkheim, que fatos levam cada sociedade a fazer do homem certo ideal, tanto do ponto de vista intelectual quanto físico e moral?
Durkheim nos coloca que a educação busca preparar o ser humano para o momento histórico de cada sociedade , visando manter seu desenvolvimento e interesses. Reflete as instituições sociais pré-estabelecidas , como forma de manutenção do sistema e acomodação dos indivíduos , para que desenvolvam os papéis sociais que lhes são destinados de modo harmonioso.
5. Segundo o autor, que função o "ideal" a ser realizado têm que suscitar na criança?
Tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine.

6. A partir da definição "A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine" o que conclui Durkheim? Explique ?
Durkheim conclui que a educação é uma socialização metódica das novas gerações. Cada indivíduo é formado por dois seres distintos, mas que se completam. Um seria o ser individual, que carrega sua carga genética, sua personalidade e sua forma de ver o mundo, porém o determinante das ações humanas seria o segundo, o ser social, que é formado pelas idéias comuns, as leis, os costumes, as crenças religiosas, o sistema financeiro, que não são criados pelo indivíduo, mas pelas gerações passadas e são transmitidas através da educação. Coloca-se a educação e a consciência coletiva como a salvação para o indivíduo que, se não a possuísse, nada mais teria a não ser sua natureza, ficaria desprovido de valores morais, éticos, religiosos, não passando assim de um animal.

7. Como o autor explica que sociedade e indivíduo são idéias dependentes?
Com as seguintes frases: ?Não existe sociedade na qual o sistema de educação não apresente o duplo aspecto: o do ser ao mesmo tempo, uno e múltiplo?.
?Em cada um de nós, já o vimos, pode-se dizer que existem dois seres. Um, constituído de todos os estados membros que não se relacionam senão conosco mesmo e com os acontecimentos de nossa vida pessoal; é o que se poderia chamar ser individual. O outro é um sistema de idéias, sentimentos e hábitos, que exprimem em nós, não a nossa personalidade, mas o grupo ou grupos diferentes de que fazemos parte; tais são as crenças religiosas, as crenças e práticas morais, as tradições nacionais ou profissionais, as opiniões coletivas de toda a espécie. Seu conjunto forma o ser social?. Neste sentido o indivíduo criou a sociedade e a sociedade cria o indivíduo,completam-se e alimentam-se mutuamente, já que o ser humano sem a sociedade, seria apenas um animal e a sociedade sem o ser humano se dissiparia.

Minha opinião sobre o texto
Durkheim fala claramente que a função maior da educação é preparar as crianças para uma sociedade já constituída , incutindo-lhes a obrigação de mantê-la em seus padrões. Para tanto, são dados ensinamentos que desenvolvam suas habilidades físicas, intelectuais e morais, porém estes ensinamentos são trabalhados de acordo com o papel que este indivíduo venha a exercer na sociedade. Papel este que é determinado por sua classe social, o que torna quase impossível à mobilidade social. É inegável que as idéias deste sociólogo representaram e ainda representam o pensamento de uma grande parte da sociedade, sob tudo a parte que melhor se privilegia com a sua manutenção. Porém utilizando-me de uma idéia do próprio Durkheim, o conhecimento e a reflexão sobre o passado das nossas instituições e da educação, servem tão somente para que não cometamos os mesmos erros.


30.9.06

A ilha desconhecida- José Saramago


Ao me deparar com o conto A ilha desconhecida, confesso que em primeiro momento me aborreci, por se tratar de um texto longo e com uma linguagem pouco usual. Mas já nas primeiras linhas do mesmo, pude perceber que embora fosse extenso e com vocabulário difícil, tratava-se de uma história simples, com metáforas expressivas, que remetem o leitor ao contexto e nos fazem pensar além da problemática apresentada pelo autor através dos personagens, que são simples mas confusos, com impulsos de explorar, inovar, mas com forte aspécto pessimista refreando constantemente seus desejos, com medo do desconhecido.
Não é difícil para mim entrar neste conto, como um dos personagens e acredito que seja assim com a maioria das pessoas. Nosso sistema social é burocrático e discriminatório; nossos governantes consideram-se à cima do bem e do mal; todos os dias somos impulsionados para baixo com inumeras opiniões que na maioria das vezes nem pedimos; medimos nosso desenpenho no trabalho e na vida por produtividade como se fossemos máquinas de uma linha de produção, esquecendo da satisfação e do crescimento que nossas atividades deveriam nos trazer; mas o mais lamentável de tudo isso é que muitas vezes nos mantemos passivos diante de uma realidade tão infeliz, simplismente porque ela é certa e o futuro é desconhecido, as mudanças podem trazer resultados inesperados e isso todo mundo tem medo.
O fato é que mesmo vivendo sob esta pressão não podemos nos abater, virarmos reféns da mesmisse ou da mediucridade. Esta é uma necessidade de qualquer ser humano, mas ao meu ver em nossa profissão a disposição para o novo e a busca do conhecimento e do amadurecimento deveriam ser inerentes.
Nestes anos que atuo como profissional da educação, tenho buscado ser melhor, aprender com os erros, avaliar constantemente minhas estratégias de ação. Nem sempre é fácil, principalmente em um ambiente onde procurar fazer um bom trabalho é considerado ser bobo ou querer aparecer; não aceitar a mediucridade ou balelas como regras é considerado rebeldia ou insubordinação.
Meu grande medo é de um dia cansar e ficar exatamente igual a todos que hoje tenho como um exemplo negativo.Não gostaria realmente que isso acontecesse e acredito que ter com quem falar, trocar idéias, saber que não se está sozinho é o melhor caminho para me afastar deste medo e não deixar que a desesperança tome conta da minha vida.
Desta forma vou trabalhando como posso, mantendo meus sonhos e esperanças, procurando a minha ilha desconhecida.